Bienvenidos a este, un espacio didáctico multilingüe sobre la Tuba y el Bombardino.

Espero y deseo que encuentren lo que buscan y les ayude en sus intereses sobre nuestro excelente instrumento.

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SOBRE MÍ

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PhD "Cum Laude" en Patrimonio Artístico y Cultural (UCO, UJA, UHU y UEX). Artista/Embajador “Wessex” y “Mercer&Barker".“Profesor Superior de Tuba” (RCSM de Madrid.España)). “Instrumentista/Profesor de Tuba y Práctica de Conjunto” (ENA/Cuba).Miembro de I.T.E.A., AETYB y UNEAC. Director Máster Pedagogía Instrumental (UAX)/// PhD "Cum Laude" in Artistic and Cultural Heritage (UCO, UJA, UHU and UEX). Artist/Ambassador "Wessex" and "Mercer&Barker". "Profesor Superior de Tuba" (RCSM de Madrid.Spain)). "Instrumentalist/Teacher of Tuba and Ensemble Practice (ENA/Cuba), Member of I.T.E.A., AETYB and UNEAC. Director Master in Instrumental Pedagogy (UAX).

sábado, 24 de abril de 2021

"ENTRE TUBAS E EUFONIUMS NA AMÉRICA LATINA...IRIS VIEIRA"

Olá a todos vocês.

Não há dúvida de que esta série de entrevistas com tuba e eufonistas latino-americanos está sendo maravilhosa e hoje se confirma com esta nova parcela com Iris Vieira, excelente tubatista brasileira, a primeira mulher a se formar como tubatista naquele país e atual professora da Universidade da Paraíba, onde faz um trabalho louvável e dirige um invejável festival de tubas e eufonistas.

Vamos aproveitar esta interessante entrevista, não antes de agradecê-la por sua amizade e colaboração com este projeto.

Sem mais delongas, vamos começar.

Nome e sobrenome: 

Iris Angela Vieira do Nascimento Cavalcanti

- Que instrumento(s) 

Tuba

-você usa atualmente? 

Tuba em BB Yamaha 641

- Que fabricante e modelo são o(s) bocal que você usa agora: 

Utilizo bocal Monette prana 98

VAMOS FALAR DE SUA EDUCAÇÃO:

- Quando e onde você começou seus estudos de tuba?

 Comecei meus estudos musicais no ano de 1988 em um projeto social dentro de uma escola de ensino regular, Centro Educacional Rural (CERU), com o maestro Mozart Vieira, na cidade de São Caetano em Pernambuco. Inicie com a flauta doce, canto coral, dança e teatro e em 1989 comecei a esudar tuba em sib.

- Com que idade? 

14 anos

- Que razões ou circunstâncias o levaram a estudar este instrumento? 

           Sempre gostei de música, porém, eu não conhecia os instrumentos musicais até entrar no projeto social. Na época queria tocar flauta transversal, no entanto não tinha instrumento suficiente para todos os alunos. Diante da falta de flautas, o maestro me apresentou a tuba, fez o teste e comecei a estudar. Passei um bom tempo da minha vida estudando a tuba e ao mesmo tempo pensava em tocar flauta. Cheguei a conclusão que, foi a tuba que me escolheu para toca-la. No decorrer dos anos fui me apaixonando pela tuba, por sua sonoridade, por sua diversidade. Amo tocar tuba!

- Quem foram seus principais professores?

          No decorrer da minha formação musical, tive a oportunidade de aprender com um professor que não tocava tuba e, ao passar dos anos, pude ter contato com professores especialistas em tuba. Sou muito grata por todos eles: Posso citar alguns: Mozart Vieira/PE, Esteban Vieira/SP, Valmir Vieira/PB, Wagner polistchuk/SP, Melvin Culbertson/ USA.

Concerto com a orquestra sinfônica jovem da Paraíba/PE

Sobre sua extensa EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Por favor, deixe-nos um relato de suas experiências mais relevantes como solista, membro de grupos de câmara, orquestra, banda, etc.

       No decorrer da minha trajetória tive muitas oportunidades incríveis, participando de grupos de câmara, orquestras, bandas e como solista: Toquei na Banda de São Caetano (Os meninos de São Caetano), em que pude participar de várias turnês, por vários países com um repertório que ia da música popular brasileira ao erudito. Trabalhei durante 12 anos e seis meses na Orquestra Sinfônica da cidade do Recife, na qual tive a oportunidade de vivenciar o repertório orquestral. Outra experiência incrível, foi tocar durante 4 anos com o grupo Batucafro do genial percussionista In memória Naná Vasconceleos/PE, considerados  um dos melhores do mundo. 

       Atualmente toco no Sexteto Brasil da Universidade Federal da Paraíba/UFPB; Grupo Instrumental Brasil/PE; Grupo de Metais Nordeste/UFPB. Nesses grupos tenho a oportunidade de realizarmos concertos e gravações de CDs e vídeos.                   

         A música me proporcionou momentos maravilhosos, dividir o palco como solista com grandes músicos e maestros, posso citar alguns: Banda Sinfônica da cidade do Recife/PE com a regência do maestro Neneu Liberalquino/PE; Banda Sinfônica José Siqueira da Universidade Federal da Paraíba/UFPB com a regência do maestro Sandoval Moreno/UFPB; Orquestra Sinfônica da cidade do Recife com a regência do maestro Osman Gioia/RJ; Orquestra Sinfônica do Estado de Paraíba/PB com o maestro Luis Carlos Duriê/PB e também em alguns festivais de música no Brasil.

- Qual sua opinião sobre as obras transcritas para tuba e/ou eufônio de períodos estilísticos em que nossos instrumentos não existiam?

Considero que as transcrições foram e são muito importantes para a nossa evolução técnica, pois sem elas a tuba teria ficado estaguinada, exercendo a sua função característica do baixo, ou seja, acompanhar as melodias . Com esse desejo de tocar um repertório de outros períodos , os tubistas e eufonistas se desafiaram a irem além, fazendo as transcrições das obras escritas para outros instrumentos solistas.Considero bastante relevante para a evolução técnica dos instrumentistas.


                                                          
                                                              "Começando" (Chorinho)

OUTROS TÓPICOS DE INTERESSE:

Aqui na Espanha, em alguns centros é considerado que o Euphonium, é um instrumento que deve ter sua própria especialização e, por outro lado, alguns acreditam que como instrumentista você deve conhecer e dominar o Tuba e o Euphonium. 

- Você poderia nos dar sua opinião sobre isto e como você abordaria esta questão em prol de uma educação e treinamento adaptados à especialização necessária que é atualmente exigida em todo o mundo? 

         Considero relevante termos especialistas de cada instrumento, porém, em alguns lugares como no Brasil, os professores acumulam as duas funções “ dar aula de eufônio e de tuba”. Contudo, o meu desejo é que na  Universidade/UFPB possa ter um professor especialista em eufônio.

         Ao meu ver, o ensino da tuba e  eufônio vem evoluindo no universo do ensino formal, ou seja, dentro das instituições oficiais. Já  na esfera de projeto sociais de bandas de música e fanfarras,  temos muitos problemas, pois uma boa parte dos professores não são especialistas nos instrumentos, com isso, dificulta o aprendizado dos estudantes. Acredito que estamos construindo uma escola mais consistente e eficaz.

- Você poderia nos falar sobre a evolução de nossos instrumentos em seu país?

       Posso afirma que nos últimos seis anos estamos construindo um movimento relevante no que se diz respeito a escola de tuba e de eufônios no Brasil. Temos a Associação de Eufônios e Tubas do Brasil (ETB) , que é formada por professores de Universidades Federais, Estaduias, conservatórios e tubistas de orquestras, dentre outros. Estamos unidos em fomentar uma formação sólida dentro desses espaços citados acima e também nos projetos sociais. A promoção de festivais tem oportunizado esse crescimento.

- Como foi sua introdução nos grupos musicais brasileiros?

A minha participação nos grupo musicais brasileiro se deram a través de convites.

- Quem são, em sua opinião, os maiores expoentes atuais da tuba e do eufônio no Brasil?

Atualmente temos excelentes professores de universidades, conservatórios, músicos de bandas e orquestras sinfônicas do país, que estão envolvidos com o ensino/performance artística da tuba e eufônio. Posso citar alguns professores : Dr.Fernando Deddos, presidente da  Associação de Eufônios e Tubistas do Brasil – ETB; Ma. Albert Khattar, Wilthon Matos, Luis Ricardo Serralheiro, Luciano Vaz, Bruno Brandelise, Marco Antônio, Wilson Dias.etc.

- Por favor, diga-nos qualquer outra coisa que você considere interessante sobre este assunto.

Outro ponto importante para esse crescimento do movimento tubeufonico no Brasil, é o desejo de fomentar a arte de tocar esses dois instrumentos. Nós professores, através da ETB, estamos mais conectados com o desenvolvimento da pesquisa que perpassa em entendermos as necessidades técnicas e pessoais dos alunos da tuba e eufônio nos diversos espaços sociais.

                                                                          
                                                                          "Tuba Choro"

- Entre suas realizações mais reconhecidas, está o festival que você coordena e realiza com tanto sucesso. Você poderia nos falar sobre isso?

          O Encontro de Tubas e Eufônios Valmir Vieira (ETEVV) que vem sendo realizado na cidade de João Pessoa, desde do ano de 2015 sempre no mês novembro, na Sala de Concertos Radegundis Feitosa, vinculado aos Departamentos de Música e de Educação Musical, do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba. O evento surgiu com o intuito de fomentar a arte de tocar tuba /eufônio e ao mesmo tempo homenagear o professor, aposentado, Valmir Vieira, do Departamento de Música da UFPB, em reconhecimento ao trabalho pedagógico que desenvolveu durante três décadas, no Brasil. 

I Encontro de Tubas e Eufônios Valmir Vieira/UFPB

            No decorrer dessas cinco edições, os encontros contaram com participações de professores oriundos de várias instituições internacionais e nacionais. Foram abordados temas pertinentes a performance, a pesquisa, ao ensino, ao processo de experimentação e criação com a tuba e o eufônio, e as dificuldades técnicas encontradas pelos estudantes desses dois instrumentos no seu dia a dia. Para a abordagem desses temas, foi levado em consideração as leituras bibliográficas da área de música, da educação musical e da técnica do instrumento.

  Masterclass de eufônio no III ETEVV  com Dr. Fernando Deddos/UFRN  

         A iniciativa desses eventos oportunizou aos participantes e ao público, em geral, um maior contato com a versatilidade da tuba e do eufônio.  Nessas cinco edições, o evento contou com a participação de estudantes iniciantes e avançados, com profissionais de música, em geral, e mais especificamente o de tuba e eufônio que fazem parte das bandas e fanfarras do município de João Pessoa, do estado da Paraíba, músicos de orquestras sinfônicas, de todo território brasileiro, bem como alunos de projetos sociais, e toda a comunidade da grande João Pessoa. 

        A equipe de apoio foi formada por alunos da classe de tuba e eufônio, da graduação e extensão do Departamento de Música, onde elaboraram estratégias de divulgação, no qual foram utilizados recursos de marketing, tais como: Inscrição feita pela internet, cartazes, crachás, vídeo, camisas, entrevista em rádio e também buscou apoio da UFPB, UFRN e das gerências de bandas e fanfarras do município de João Pessoa e do Estado da Paraíba, assim como a gerência das bandas do Estado de Pernambuco. No que se diz respeito adesão, o evento acolhe em media  120 participantes oriundos de localidades diversas do Brasil. 

                   

Orquestra de Tubas e Eufônios do III Encontro de Tubas e Eufônios Valmir Vieira/UFPB               

Vamos falar de sua EXPERIÊNCIA DE ENSINO:

- Diga-nos em quais instituições educacionais você lecionou (como professor em tempo integral, professor convidado, cursos, master classes, etc.).

           Inicei  minha prática  a docencia no projeto social, o mesmo local  da minha iniciação musical “Fundação Musica e Vida de São Caetano - Os meninos de São Caetano/PE”. Depois, tive a oportunidade de dar aula de canto coral para os funcionários da empresa Baterias Moura na cidade de Belo Jardim/PE; Escola Técnica Estadual de  Criatividade Musical, na cidade do Recife/PE ; Em  festivais de música e atualmente estou como professora da classe de tubas e eufônios da Universidade Federal da Paraíba/UFPB.

- Como você organiza suas aulas e o assunto em geral?

      Considero, com base em Swanwick (1994), ser importante que o professor possibilite ao aluno conhecer as suas habilidades através dos conteúdos e desenvolver a expressão musical e o prazer em tocar um instrumento.

 A aprendizagem musical acontece através de um engajamento multifacetado: solfejando, praticando, escutando os outros, apresentando-se, integrando ensaios e apresentações em público com um programa que também integre a improvisação. Precisamos também encontrar espaço para o engajamento intuitivo pessoal do aluno um lugar onde todo o conhecimento comece e termine (SWANWICK ( 1994 apud, Iris Vieira p. 39).

             Assim, entendo que com esse pensamento nos tornemos músicos mais capacitados e preparados para as diversas práticas musicais, seja no dia a dia como profissão ou seja como prática amadora. Os conteúdos oferecidos perpassam pelos fundamentos de base, métodos melódicos e repertórios pautados na literatura dos instrumentos, como também transcrições e novas composições.

- Quanto tempo duram suas aulas?

Cada aluno tem direito a uma aula semanal de 1h 10min, para os alunos de nível superior e para os alunos do curso de extensão dura 40 minutos.

- Você acha importante que os estudantes façam apresentações públicas durante seus anos de formação? Se sim, por favor, recomende com que freqüência você acha que é apropriado e em que nível de idade ou grau: Elementar, Profissional, Avançado?

         No curso de tuba e eufônio da Universidade Federal da Paraíba/UFPB, busco insentivar os alunos do curso superior e da extensão a realizarem quatro recitais por ano, além das apresentações com os grupos de música de câmera. O repertório são de acordo com o nível do aluno, assim todos independente do nível, tem a oportunidade de tocar em público.



                                           Concerto do grupo de alunos – EuTuPb/UFPB

- Se você tivesse que escolher (em uma situação hipotética), você teria preferência entre um estudante Tuba ou Euphonium? 

Aluno de tuba, pois sou formada em tuba.

- Que tipo de repertório você trabalha principalmente com seus alunos? Solo, com acompanhamento de piano, música de câmara, ....? 

     Nesse sentido, busco oportunizar ao alunos um repertório amplo e diverso, que perpassa pela literatura da música ocidental, como também, por compositores brasileiros, abordando numerosos gêneros musicais que vão de peças solos como obras de música de câmera,

- Que formato deve ter o exame FIM DO ESTUDO? Concerto solo, Recital com piano, ...?

  No que se refere ao exame final, a escolha ocorre com o auxilio do professor, ou seja, o aluno e professor, ambos tem a liberdade de escolher dentre o repertório vivenciado no decorrer do curso, obras de nível e gêneros intermediário e avançado.

- O aluno selecionaria os trabalhos a serem executados ou o professor os escolheria?

Essa escolha é feita com parceria entre o aluno e o professor. 

- Existe alguma peça que você considera obrigatória? O que seria?

     Existem algumas peças que são indicadas na maioria dos concursos ex:  Concerto de R. Vaughan Williams. Portanto considero importante o aluno ter essa vivência com esse tipo de repertório.

-Uma parte importante da programação do curso é padronizada e baseada na idéia de que o aluno domina o repertório solo, às vezes em detrimento do repertório de grandes grupos (Orquestra e Banda), quando na realidade, a maioria dos alunos de Tuba e Euphonium serão professores e/ou membros de uma banda e, em menor grau, de uma orquestra no caso de Tubas, muito menos terão a oportunidade de esculpir um futuro como solistas.  Na sua opinião: 

           De fato essa é uma realidade bastante complexa. No entanto, no curso superior busco oferecer diversas vivências musicias para os alunos, vivências essas que não se limita ao desenvolvimento técnico para que o aluno se torne um solista. Haja vista que a realidade do Brasil é formarmos alunos para ensinar ou tocar em bandas, orquestras e grupos de câmeras. Portanto, construimos um repertório diversificado. Nessa conjuntura, oferecemos a prática de trechos orquestrais de acordo com a necessidade dos alunos, pois considero importante para a formação, independente se eles irão seguir ou não nesse seguimento de orquestra.. 


Classe de tubas do III ETEVV/UFPB

   FALANDO SOBRE QUESTÕES TÉCNICAS:

- Você poderia nos dar sua opinião sobre os diferentes conceitos de som e quais características o definem, articulação, tipos de instrumentos, literatura, se você considerar importante a influência da linguagem e da tradição musical no som e na interpretação?

      Entendo que a música exerce uma função importante na formação humana e principalmente para aqueles que querem segui-la como profissão. Nessa perspectiva, penso que um dos aspectos entendidos como importantes para a formação de um músico é a apreciação musical. Partindo do princípio de que “a gente fala porque ouve” entendo que ouvindo músicas que despertem prazer, provavelmente teremos uma grande possibilidade de termos mais facilidade em tocar, quando temos uma referência sonora.

         Adquirir um referencial sonoro através da apreciação musical é muito importante para o  aprendizado de um instrumento musical, mas não é tudo. O referencial sonoro só será produzido a contento se o corpo físico do instrumentista e instrumento formarem um novo “corpo sonoro indivisível”, e este processo só acontece com o preparo do nosso corpo físico para o contato com o instrumento. Esse preparo é feito através do alongamento e relaxamento muscular.

          Quando falamos sobre relaxamento muscular, damos ênfase à sua importância ao preparar o corpo para a atividade instrumental, através dos exercícios de alongamento. De forma adicional a tal perspectiva, é possível destacar aqui também a respiração, que está intrinsecamente ligada ao relaxamento muscular, à consciência corporal, a expressividade do corpo, entre outros aspectos. No que diz respeito especificamente à respiração, só conseguiremos eficácia na respiração se  estivermos relaxados e, em contrapartida, só alcançaremos o relaxamento muscular ideal se respirarmos de forma correta e eficiente.

         Quando adquirimos o domínio completo da respiração, sentimos mais facilidade em controlar toda musculatura de nosso corpo que envolve o ato de tocar. Alguns desses músculos merecem uma atenção especial, pois formam a embocadura, que está totalmente relacionada à emissão precisa do som. Assim, é importante compreender e tomar ciência dos músculos que formam a embocadura, em particular do músculo labial, que vibra quando por ele passa o fluxo de ar, gerando de tal forma a onda sonora.

         Uma vez que conseguimos compreender a importância dos aspectos técnicos, colocados em uma sequência baseada nos fundamentos pedagógicos, é importante ressaltar aqui que todos estes aspectos estão em função da prática musical expressiva como objetivo final. Assim, destaco a importância de se tocar de forma expressiva e prazerosa, para que haja a comunicação plena entre executante e ouvinte. Entendo que a expressividade musical desencadeia o processo interativo entre as pessoas que se relacionam por meio da música e, a partir do alicerce obtido com a consciência e o domínio dos aspectos anteriormente discutidos, essa interação pode ser mais eficiente. Ainda penso que além das questões técnicas, outros elementos mais abstratos interferem na expressividade musical, pois ela aflora do próprio indivíduo, de seu estado mental, de suas emoções.  

- Conte-nos um pouco sobre a fabricação de Tubas e/ou Euphoniums e bocais e conte-nos sobre suas experiências e o que você gosta sobre um determinado fabricante e por quê.  

        Não tenho muita esperiência em analisar a construção dos instrumentos e bocais de forma ampla. A minha vivência descorreu a tuba Yamaha 321, que considero uma tuba de nível intermediáro e que funciona bem. 

           Outra marca que tive a oportunidade de vivência foi com a Miraphone Germany ,  fabricação Alemã, Modelo 186 • Afinação BBb (sib), 4 rotores, Acabamento Laqueado , Altura 1,00m, Campana 42cm, Calibre,19,5mm. Considero um instrumento de nível profissional.

         Outra tuba que considero de nível profissional é a minha atual tuba -Tuba Sinfônica 4 rotores Yamaha YBB 641 - A tuba 641 Professional em BBb apresenta uma configuração de rotor para um som Teutônico tradicional com o tipo de entonação precisa e fácil tocabilidade somente possíveis pelo conhecimento de engenharia moderno. É caracterizado por um som escuro com abundância de nuances tonais. Calibre 20.6mm (0.811");Diâmetro campana 419mm (16-1/2");Material latão amarelo; Estojo e acessórios; Bocal 67C4;Mod. Profissional. 


Concerto com a Banda Sinfônica da cidade do Recife/PE


FINALIZANDO:
- Em sua experiência, você acha que a diversidade de artistas, instrumentos e a possibilidade de ser treinado em diferentes escolas especializadas está homogeneizando nos centros de desempenho estabelecidos? (Exemplo: russo, americano, germano-austríaco, inglês, etc.).

        O cenário do ensino de instrumento no Brasil se caracteriza a partir de uma ampla diversidade de aspectos que, conectados às dimensões físicas e culturais de cada instrumento, define inserções e traços sociais distintos para a realidade de cada um deles. Ainda, entendo que a realidade do ensino e aprendizagem da tuba e do eufônio no contexto brasileiro, no que se refere as metodologias, ainda não são satisfatórios, pois o Brasil ainda caminha na direção de desenvolvimento e solidificação de perspectivas metodológicas. No que tange outros países que são mais desenvolvidos nesse seguimento do ensino, de modo que, cada um criou suas bases curriculares, mais todas culminam para uma boa execução musical. Considero ser bastante relevante essa diversidade, pois ela se adequa a cultura e costumes de cada país. 

Muitas Gracias.

Obrigado


lunes, 12 de abril de 2021

"ENTRE TUBAS Y BOMBARDINOS POR LATINOAMÉRICA...LUCAS FERNÁNDEZ"

Hola a todos. Es para mi muy grato poderles acercar a este excelente euphonista colombiano, profesor y director de orquesta que es Lucas Fernández, al que obviamente agradezco su amistad, colaboración e interés en mi proyecto de entrevistas.

Sin más, que lo disfruten.







miércoles, 7 de abril de 2021

"ENTRE TUBAS Y BOMBARDINOS POR LATINOAMÉRICA...WILTHON MATOS"

Hola a todos es para mi un placer poderles acercar mediante esta entrevista a uno  de los más destacados tubistas del gigante sudamericano que es Brasil.

Wilthon Matos, a quien agradezco su amistad y sincera colaboración e interés en este proyecto, es tuba solista de la Orquesta Sinfónica de Porto Alegre y profesor de varios centros docentes del sur de Brasil.

Sin más que la disfruten





sábado, 3 de abril de 2021

"ENTRE TUBAS Y BOMBARDINOS POR LATINOAMÉRICA...NELSON CORCHADO"

Queridos lectores. Continuando con este novedoso y apasionante proyecto de acercar, a todos los que lo deseen, la labor ingente que se realiza en pro de la tuba y el bombardino en Latinoamérica, hoy les traigo esta video/entrevista con Nelson Corchado, tubista, profesor del Conservatorio de Puerto Rico y Profesor asistente de la Universidad de Puerto Rico/Río Piedra. 

Espero la disfruten.

Saludos para tod@s 








lunes, 29 de marzo de 2021

"BETWEEN TUBAS AND EUPHONIUMS...STEVE ROSSÉ"

Dear readers. It gives me great pleasure to bring you today, in this series of "virtual chats", a tuba player who needs no introduction. His international recognition for his musical quality, his long orchestral experience and his brilliant project Tubamania, make words superfluous and I invite you to share the reading of this interesting interview.

Without further ado, I would like to thank Steve for his collaboration, patience and friendship.

Let's begin

· Name and surname: Steve Rossé

Back stage in Shanghai, Sydney Symphony Orchestra, 2015 tour

· What instrument / s do you use?  

Tubas in F, CC, and  BBb 

· What manufacturer and model are the instruments you use: 

Walter Nirschl York Model 6/4 CC, Miraphone 181 BelCanto F Tuba, Rudolf Meinl 5/4 4 rotor BBb Tuba, all silver plated 

· What manufacturer and model are the mouthpiece / s you use:  

Perantucci Gold Plated PT 64 and 86

Let's talk about your EDUCATION:

· When and where did you start your Tuba studies?  

High 8th Grade Greenfield then in High School Granite Hills HS El Cajon Ca USA.

· At what age? 

Started at age 14

· What reasons or circumstances led you to study this instrument?  

Had braces, so trumpet was painful and I always loved the low sound of any ensemble

· Who were your main teachers?

High School: Private teachers Ted Bietz Grades 9-10, Brent Dutton grades 11-12.

University Daniel Perantoni and privately with Roger Bobo in California

Following University: Arnold Jacobs, Abe Torchinsky, Mel Culbertson, Robert Tucci


First picture on the steps of the Sydney Symphony Orchestra in 1990 

Regarding your vast PROFESSIONAL EXPERIENCE:

Please give us an account of your experience as a soloist, member of chamber groups, orchestra, band, etc.

· In Orchestra and / or Band:  

San Diego Symphony Sub Summer Contract 1987

New Mexico Symphony (USA) Principal Tuba 1987-89

RAI Torino Symphony Orchestra (Italy) 1989-1990 Principal Tuba

Sydney Symphony Orchestra Principal Tuba 1990- Present

Philadelphia and Boston Symphony Orchestras, Substitute & 2nd tuba

        (commuting from Sydney 2003-2011) 

Royal Concertgebouw Orchestra Visiting Principal Tuba ( 6 Months) 2018

· Concerts as Soloist:  

Vaughan Williams Concerto with Sydney Symphony Orchestra 1991 

Bozza Concertino with the Tasmanian and Concerto Soloist with ITEC Orchestras in USA and Hungary  (John Williams) 2002 & 2004 Adelaide Symphony Orchestras 1992

World Premier Rafael Marcelino Concerto “Art of Resonance” 1998



 6 month contract at the Royal Concertgebouw Orchestra
(Amsterdam 2018)

Please tell us about your experiences as an Opera Orchestra Tuba in Australia.

Performed the entire Wagner Ring Cycle in the Sydney Opera House, as well as Strauss Elektra, Gershwin Porgy & Bess, and other operas by Wagner, Berg, Berlioz, etc…all with the Sydney Symphony Orchestra, using BBb , CC and F tubas depending on the composer and opera. 


Treating OTHER TOPICS OF INTEREST.

Here in Spain, in some centers the Euphonium is considered to be an instrument that should have its own specialization and, on the other hand, some believe that, as an instrumentalist, one should know and master the Tuba and Euphonium.

• Could you give us your opinion on this and how you would approach this topic in the interest of education and training adapted to the necessary specialization that is currently required worldwide?  

Any tuba player who also can play euphonium will have advantages including a stronger high register, faster fingers, and flexibility of employment in the commercial industry.  It is a good instrument to double on but should also have its own specialization for people who play only euphonium to specialize for top military band careers solo careers etc……All universities and conservatories should offer a euphonium degree. 

• How do you see the tuba and euphonium teaching today and with a view to the future?

We need to be teaching our students in a way that when they win their professional band / orchestral positions they will contribute to the ongoing lifting of professional standards for the entire ensemble.  We also need to  teach them to be great teachers!  And to be teaching our students how to make independent careers as teachers, soloists, chamber musicians and contributors to online content (YouTube etc)as not all will win orchestral jobs.

• Please tell us anything else that you consider of interest on this topic.  

Focus on the music, fundamentals, and be goal and project orientated.

Hosting my first TubaMania Conference in 1995 with guest soloists / master teachers
Roger Bobo and Mel Culbertson and the 3 prize winners

Let's talk about your EXPERIENCE IN TEACHING:

· Tell us in which learning centers you have taught classes (visiting teacher, courses, master classes, etc.)

· How do you organize your classes and the topic in general?

Sydney Conservatorium of Music ( 1993-present)

Australian National Academy of Music ( 2015-present)

Zurich ZHdK Switzerland (2014-2019) as Assistant Professor

I organize my lessons and courses by asking the students what are their goals, why are they there and what do they expect and dream to achieve during their time of studies.  I then format a plan for them giving the m the musical and fundamental foundations needed and teach them goal achieving strategies. 

· How long are your classes?  

Private lesson 1 hour to 1.5 hrs, group classes 2 hrs

· Do you think it is important for a student to make public presentations during their years of study? If so, how many times do you consider it appropriate and at what age or grade? Elementary, Professional, Superior?  

Yes throughout, it is important to get used to performing un public, but many dress rehearsals, and mock recitals should be given in private as well to insure the public outings represent the student the best. 


An important part of the course curriculum is standardized and based on the idea that the student masters the repertoire alone, sometimes to the detriment of the large group repertoire (Orchestra and Band), when in fact the majority of Tuba students and Euphonium are going to be teachers and / or members of a band and, to a lesser extent, of an orchestra in the case of the Tubas.

· In your opinion, how should this problem be addressed? How important do you think it is to include learning and mastery of the orchestral repertoire as part of the course curriculum?

The real life is an orchestra or band for most, but globally university programs are “solo degrees”, nearly everywhere.  Lessons should be broken up to say 2/3 what the university requires, and 1/3 or so on excerpts and foundations for them, hold mock auditions within the studio in addition to what is required. 

· If I had to choose as a student (in a hypothetical situation), would you have a preference between a Tuba student and a Euphonium student?

Tuba because I play tuba.


Ride a unicycle as a teenager at the same time I learned tuba,
this photo Sydney Park, 2014 as a promotion for my Sydney International Brass Festival

About your DAILY WORK.

· What type of repertoire do you mainly work in?  

Orchestra

· What warm-up exercises do you use?  

Scales and arpeggios eventually hitting the full range and all dynamics and articulation styles, slurring, lip slurs and flexibility. Breathing and buzzing in the mix

Recording many movie soundtracks including the LEGO Movies, Happy Feet, Gods of Egypt
and more, fox studios Sydney 1999  to present

Part of performing Star Wars many times at the Sydney Opera House
means time with the robots, this taken in 2019.

TALKING ABOUT TECHNICAL ISSUES:

· Could you give us your opinion on the different concepts of sound and what characteristics define it, the articulation, the types of instruments, the literature, if the influence of language and musical tradition on sound is considered important and how to play?

Language affects sound and articulation in a sense.  The sound needs to firstly be beautiful in the opinion of the musician and those that they play with.  It should have a nice center and vibrancy to enhance the ensemble. People should play the best instrument they can access and afford but be more focused on how they play more than what they play.

· Tell us a bit about the manufacture of Tubas and / or Euphoniums and mouthpieces and tell us about your experiences and tastes of a particular manufacturer and why?  

I like any manufacturer or mouthpiece that produces an instrument that brings out the best possible voice for the player, and that colleagues love playing with, especially the instruments that produce a great color, personality and blend without getting in the way of the ensemble, . For this reason I have always like Nirschl, B&S, Melton, Miraphone, but that is only my musical taste in how I experience these sounds. 

Steve, you are create the interesting project “TubaManía”. Please tell us about this

TubaMania began in 1993 as a tuba importing business for the Australian market then began hosting international conferences, competitions and festivals from 1995 and continued to 2019 throughout Australia and Asia.  Due to the pandemic of 2020/21, I created the TubaMania Online projects to motive us and inspire and connect us.  I am also creating my own online course ULTIMATE TUBA. This will be available in May 2021. Info at www.tubamania.com .

TubaMania festivals across Asia and Australia ,  Hong Kong (TubaMania 2017)

IN CONCLUSION:

· In your experience, do you think that the diversity of interpreters, instruments and the opportunity to train in various specialized schools is being homogenized in the interpretive centers that are already established? (Example: Russian, American, German-Austrian, English, etc.).

There is a general globalized trend of tuba and orchestral sounds, but there is still individuality.  For example, some American Orchestras like the big piston 6/4 tubas, while others prefer the B&S PT6 sound, or other.   

Nearly all of the German orchestras still want the BBb and F tuba combination, and in the British-influenced countries, there is a large movement of 3+1 upright piston Eb and BBb tubas.   On the high end of the solo circuit today, we have Oystein on a rotor Eb, and others on rotor or piston F, and some play a collection of these, such as James Gourlay.  

All very individual. Then when we get into the topic of opera, we have a traditional trend in Italy that influences opera houses globally to use cimbasso and here we have them as piston, rotor, and in multiple keys. 

Steve, it is a pleasure count on your experience and collaboration in this series of interviews.

Thank you very much and best wishes.

A big hug.


martes, 23 de marzo de 2021

"ENTRE TUBAS Y BOMBARDINOS..... JUAN JOSÉ BADÍA"

 Hola a todos.

Qué duda cabe de que la principal fuente de inspiración para un tubista o un bombardinista es una banda de música.

Nuestra historia, demostrada, dice que los primeros referentes de nuestros instrumentos fueron músicos militares, al ser estas las agrupaciones que primero adoptaron a la tuba como bajo armónico.

Pues bien hoy, les traigo a Juan José Badía, tuba solista de la Unidad de Música de la Guardia Real, la que tal vez sea la banda militar más importante de España, al que agradezco infinitamente su colaboración, amistad e interés en este proyecto de entrevistas.

Sin más comencemos.

· Nombre y apellido:

Juan José Badía



· ¿Qué instrumento / s usa?

Dos tubas en Do, una 4/4 y otra 3/4

· De que fabricante y modelo son los instrumentos que utiliza:

Melton Sam Pilafian y Yamaha YCB 621

· De que fabricante y modelo son la / s boquilla / s que usa:

Giddings Webster Alan Baer MMVI Euro y Yamaha BB-67C4. Otras boquillas que también he utilizado: Perantucci PT-48 y Vincent Bach 24 AW

Hablemos de su EDUCACIÓN:

· ¿Cuándo y dónde comenzó sus estudios del bombardino o tuba?

En el año 1974.

Comencé primero el solfeo en la escuela de música de mi pueblo natal, Alfondeguilla (Castellón), pero al no haber profesor de tuba, luego ingresé en la Escuela de Música Municipal de la localidad vecina de La Vall d’Uixó.

· ¿A qué edad?

13 años

· ¿Qué razones o circunstancias le llevaron a estudiar este instrumento?

Mi padre tocaba la tuba. Yo veía y escuchaba este instrumento por casa desde pequeño y me familiarice con él

· ¿Quiénes fueron sus principales maestros?

Empecé en la Escuela de Música Municipal de La Vall d’Uixó con D. Miguel de la Fuente, maestro de maestros. En aquella época estaba retirado de su profesión de profesor de trombón-bombardino en el Conservatorio Superior de Música de Valencia. Después, estudié en este mismo conservatorio con los profesores Joaquín Vidal y Rafael Tortajada, este último, alumno de Miguel de la Fuente. Posteriormente en el Conservatorio Superior de Música de Barcelona con Miguel Badía (bombardino-trombón) y, por último, en el Real Conservatorio Superior de Música de Madrid con Miguel Moreno (tuba).

Aparte, cursillos o master class de Tuba con profesores nacionales o internacionales como Heiko Triebener, Miguel Navarro, Mel Culberston, Roger Bobo, los bombardinistas Nicholas Childs y Robert Childs (The Childs Brothers)…

En cuanto a su EXPERIENCIA PROFESIONAL:

Por favor déjanos un recuento de su experiencia como solista, miembro de grupos de cámara, orquesta, banda, etc.

· En Orquesta y/o Banda:

Mi experiencia profesional siempre ha estado ligada a las bandas de música militares. Después de aprobar las oposiciones para suboficial músico del Ejército de Tierra, estuve destinado en las bandas de música de los Gobiernos Militares de Huesca, Bilbao y Girona con un total de ocho años entre las tres, hasta que el destino me llevó a la Unidad de Música de la Guardia Real y desde entonces hace ya treinta y dos años y medio.

Esporádicamente he hecho colaboraciones con otras bandas de música amateurs y también con dos bandas profesionales: la Banda Municipal de Castellón y la Banda Municipal de Madrid.

En cuanto a la experiencia con orquestas ha sido mucho menor, se concreta en un par de colaboraciones con la Orquesta de Valencia, tres o cuatro colaboraciones con la Orquesta Sinfónica de Bilbao y otras tantas con la Orquesta de la Fundación Chamartín de Madrid.

· Conjuntos de Metal:

He formado parte del Sexteto de Brass de Bilbao durante mi paso por aquella ciudad que fue de algo más de año y medio de 1981 y 1982. También he formado parte, ya en Madrid, del grupo de tubas TubaAdicción durante aproximadamente dos años que duró (1992-1993). Por último, dentro del seno de la Unidad de Música de la Guardia Real y para alguna ocasión muy concreta, hemos actuado el grupo de tubas y bombardinos y también, algún cuarteto de metal.

· Conciertos como Solista:

Solamente en una ocasión actué como solista de tuba invitado por una banda de música amateur.

· ¿Qué ejercicios de calentamiento utilizas?

Escalas, arpegios, intervalos y técnica en general.

Quinteto de Metal de la Unidad de Música de la Guardia Real

Tratando OTROS TEMAS DE INTERÉS. LA TUBA EN ESPAÑA.

Aquí en España, en algunos centros se considera que el bombardino, es un instrumento que debería tener su propia especialización y, por otro lado, algunos creen que, como instrumentista, uno debe conocer y dominar la tuba y el bombardino.

¿Podrías darnos su opinión sobre esto y sobre cómo abordaría este tema en interés de una educación y capacitación adaptadas a la especialización necesaria que se requiere en la actualidad a nivel mundial?

La tuba y el bombardino son dos instrumentos de la misma familia, físicamente se parecen (a excepción del tamaño, lógicamente) y su técnica es prácticamente la misma, pero en su papel en la banda difieren mucho. Yo no he tocado nunca el bombardino (bueno, he probado alguna vez) y pienso que para desenvolverme medianamente necesitaría de un tiempo razonable para adaptarme a él, sobre todo con la embocadura, ya que la boquilla es considerablemente más pequeña. También se necesitaría conocer el repertorio del bombardino. Aparte hay otra cuestión aunque tal vez es menos importante que es la ergonomía, la adaptación a la postura del cuerpo con el instrumento. Obviamente, la parte más coincidente es la de las posiciones de las notas, la digitación, esto no sería ningún problema. En conjunto considero que es otro instrumento y lo más razonable es que tenga un estudio especializado en sí mismo aparte de la tuba, al menos en los estudios superiores. Sería mejor.

¿Cómo ve la enseñanza de la tuba y el bombardino en España actualmente y de cara al futuro?

No estoy muy al corriente de la enseñanza hoy en día de la tuba y el bombardino pero he visto de alguna manera los resultados en algunos jóvenes tubistas y bombardinistas que se incorporan en las bandas como profesionales y lo hacen con un nivel muy alto lo cual quiere decir que el sistema educativo de aprendizaje ha sido bueno. Por lógica la enseñanza en los conservatorios tiene que haber mejorado, teniendo en cuenta que hace unos años no había profesor específico de tuba y luego se fue incorporando a todos los conservatorios. Además, desde hace unos años hay cada vez más facilidad para acceder a diferentes centros de enseñanza especializada nacionales e internacionales y esto contribuye a completar la formación musical a todo el que lo desea.

¿Podría hablarnos sobre el devenir de nuestros instrumentos en España?

El devenir de estos instrumentos en España es bueno y está asegurado. Por un lado, en nuestro país hay una larga tradición bandística con una gran cantidad de bandas de música y, en menor cantidad, de orquestas. Por otro lado, los conservatorios, con un sistema de enseñanza cada vez más especializada, con métodos y obras específicas y que bajo mi punto de vista da buenos resultados, pienso que la tuba, el bombardino, así como el resto de los instrumentos, tienen un buen futuro. Otra cosa es que haya suficientes plazas en bandas, orquestas, conservatorios o agrupaciones musicales de todo tipo para albergar y dar trabajo a los nuevos músicos cuando acaban sus carreras.

¿Cuando llegaron? ¿Cómo se conocieron aquí? ¿Cómo fue su introducción en las agrupaciones musicales españolas?

Debieron llegar a España en la segunda mitad del s. XIX. Las primeras agrupaciones en ser dotadas de tubas y bombardinos fueron las bandas militares y después fueron pasando a las bandas de música civiles, ya que al principio se inspiraban en las bandas militares, no solo en instrumentación, también en los repertorios y hasta en los uniformes.

¿Cuales son, a su parecer, los máximos exponentes históricos de la tuba y el bombardino en España? 

Miguel de la Fuente, Miguel Navarro, Miguel Moreno...

También me parece que es digno de nombrar a Francisco Funoll y Alpuente (1795-1859) caballero de la Real Orden Americana de Isabel la Católica y músico mayor del Regimiento de Infantería de Toledo nº 35. Este prestigioso músico ha sido profesor de muchos alumnos de tuba, bombardino y trombón durante muchos años a través de su ‘Método Completo de Bombardino Bajo, Bombardino Barítono y Trombón Tenor’. 

Desde su perspectiva

¿Cuál ha sido el andar y desarrollo de “nuestros instrumentos” en las enseñanzas musicales en España?

Cuando comencé en el año 1974 a estudiar la tuba no había profesores de este instrumento en los conservatorios, eran de trombón y bombardino, lo mismo que los métodos o las obras, que prácticamente todos eran de trombón y teníamos que tocar una octava más baja. Sólo fue en la última etapa (más de una década después) que tuve un profesor de tuba (Miguel Moreno) lo mismo que los métodos y las obras.

Cada vez hay más especialización en los profesores y en el repertorio, y la enseñanza es cada vez más específica de cada instrumento.

Por favor coméntenos cualquier otra cosa que considere de interés sobre este tema

Es fundamental disponer de una enseñanza específica del instrumento desde el principio porque el profesor guiará al alumno para conseguir una correcta colocación de la boquilla, una correcta postura con el instrumento, un buen sonido, una buena técnica, le pondrá sobre aviso de las dificultades particulares del instrumento, le preparará para los requerimientos del mismo de cara a un hipotético futuro profesional, le podrá aconsejar mejor en todos los aspectos con la elección del instrumento, su mantenimiento, o la elección de las boquillas, etc.

Asistentes al curso de Heiko Triebener. Madrid 1989
(Al centro detrás de Heiko)

Hablemos de su extensa y valiosa EXPERIENCIA EN LA UNIDAD DE MÚSICA MILITAR:

· ¿En qué fecha accedió a su destino actual?

En septiembre de 1988

· ¿Cómo fue el proceso de acceso?

Lo primero es superar las oposiciones para suboficial músico. Una vez superadas las pruebas se realizan unos cursos en diferentes Academias y Escuelas Militares. Superados los cursos los nuevos suboficiales músicos ya efectivos se destinan a las vacantes que hayan solicitado de las publicadas en el Boletín Oficial de Defensa. Las vacantes en esta Unidad de Música son de libre designación y se elige a los nuevos componentes de entre los peticionarios que ya son suboficiales del Cuerpo de Músicas Militares. La elección es por su hoja de servicios en la que se refleja su historial militar y profesional: cursos realizados, calificaciones anuales, participación en determinados eventos relevantes, condecoraciones o correctivos recibidos, etc. En definitiva se valora su trayectoria profesional, teniendo en cuenta los aspectos musicales, militares y personales. La elección corre a cargo del Director Jefe de la Unidad de Música.

· ¿Continúa siendo el acceso de igual forma?

A lo largo de los años ha habido cambios en los requerimientos para las oposiciones, titulación, obras a interpretar, duración y naturaleza de los cursos en las Academias o Escuelas, etc. Pero en lo que se refiere a optar a una vacante en la Unidad de Música de la Guardia Real es básicamente igual, es decir, por libre designación de entre los suboficiales músicos del Cuerpo de Músicas Militares.

· ¿Qué piezas tuvo que interpretar para acceder?

Hice la oposición para suboficial músico en el año 1980. Por aquel entonces no había muchas obras de tuba para optar. Elegí la obra Dúo en Do menor de Bartolomé Pérez Casas, seguramente aconsejado por mi profesor en aquel momento. Aparte de la obra musical, la prueba consistía en lectura a primera vista, transporte, prueba de teoría musical, prueba de cultura general y reconocimiento médico. Actualmente se realizan también pruebas físicas.

· ¿Cómo es su labor diaria dentro de la Unidad?

Básicamente hay dos tipos de jornadas: las que hay ensayo y mantenimiento, y las jornadas que hay actuación. Las actuaciones pueden ser de varios tipos: concierto, parada militar, desfile, rendición de honores, etc. En los días de ensayo tenemos un tiempo de mantenimiento individual (estudio, mantenimiento técnico y mantenimiento del instrumento) y después tenemos el ensayo colectivo que puede ser en dos o tres partes intercaladas por pequeños descansos. En estos ensayos es donde preparamos y conjuntamos las piezas musicales que después tenemos que interpretar en las actuaciones sean del tipo que sean.

Concierto en el Teatro Monumental de Madrid.


· ¿Qué duración tienen los ensayos y con qué periodicidad se realizan?

Los ensayos pueden ser básicamente de dos tipos: los ensayos del repertorio musical que se realizan en la sala de ensayos, y los ensayos de los desfiles, paradas militares o formaciones que se realizan normalmente en el lugar donde posteriormente se va a desarrollar la actuación para coger posiciones y referencias, y suele ser al aire libre. Los ensayos del repertorio musical son diarios y se realizan en dos o tres partes con breves descansos. No hay tiempo establecido, dependiendo de la naturaleza del trabajo, de la materia y su dificultad, de la cercanía del concierto o actuación, etc.

· ¿Cuantos tubistas y bombardinistas tiene actualmente la unidad?

5 tubistas y 3 bombardinistas.

· ¿Realizan dentro de la Unidad actuaciones en otros formatos, digamos agrupaciones de cámara, big band, etc.?

Sí, pero no es con carácter estable ya que este tipo de actuaciones no son tan propias de una unidad militar, ni tan numerosas. Solo de vez en cuando, si se requiere este tipo de actuación para algún evento concreto, se organiza específicamente con los instrumentos requeridos, se establecen unos ensayos para preparar el repertorio, y después de la correspondiente actuación se da por concluida la misión hasta que haya otra ocasión en que se requiera otro formato distinto a la banda de música. En este sentido, en varias ocasiones se han organizado diferentes grupos de cámara: quintetos de madera, quintetos de metal y cuartetos varios, también big band, grupo de tubas y bombardinos, grupo de percusión y algún que otro formato más propio de músicas populares.

· ¿Podría brindarnos algún consejo para los futuros e hipotéticos aspirantes a acceder a una plaza de música en una unidad militar?

Preparación y anticipación. En muchas ocasiones tenemos por costumbre prepararnos unas oposiciones cuando hemos visto que han salido publicadas. Aunque el plazo sea relativamente largo, no suele ser suficiente para una óptima preparación. Si se tiene pensado presentarse a oposiciones de un organismo conviene enterarse de los requerimientos habituales y normales de ese organismo y en lo que se refiere a las obras ir preparando con tiempo aquellas que mejor se nos adapten y si puede ser alguna obra más de reserva por si al final alguna de las obras que estábamos preparando no concurre. Aparte de las diferentes pruebas también hay requerimiento de documentación. Tener preparado todo lo máximo posible nos evitará nervios de última hora o peor aún, la exclusión de las pruebas.

En otro orden de cosas, una parte importante de la programación de las enseñanzas de nuestros instrumentos está estandarizada y se basa en la idea de que el alumno domine el repertorio para instrumento solo, muchas veces en detrimento del repertorio de grandes agrupaciones (Orquesta y Banda), cuando la realidad dicta, que la mayoría de los estudiantes de Tuba y/o Bombardino van a ser profesores y / o miembros de una banda y, en menor medida, de una orquesta en el caso de las Tubas. En su opinión:

· ¿Cómo debería abordarse este problema? ¿Qué tan importante cree que es incluir el aprendizaje y el dominio del repertorio orquestal como parte del plan de estudios del curso?

Lo importante en la formación de un músico es la técnica para dominar ese instrumento en todos los aspectos y la adquisición de hábitos musicales estéticos y artísticos. En esta etapa son importantes el profesor, los métodos y las obras, el currículo del curso, el instrumento, la dedicación del estudiante, sus características físicas y sensoriales o sus capacidades innatas para la música y quizá muchas más.

Lo de tocar en una orquesta o banda es una cuestión de adaptación que durará un período de tiempo más o menos corto y que si el músico tiene una excelente preparación sin duda afrontará los pasajes relevantes con facilidad y solvencia. A pesar de esto me parece importante, y no está de más, conocer y preparar algunos de los solos o pasajes más relevantes del repertorio del instrumento. De todas formas en los conservatorios se cuenta con las asignaturas de Banda y Orquesta donde los alumnos, integrados en una de las dos formaciones (o en las dos) pueden desarrollar esa habilidad de tocar en conjunto, escuchando a los demás instrumentos y siempre bajo la batuta del director, de forma que esa adaptación a tocar en conjunto con un grupo más o menos numeroso se puede producir aquí.

· ¿Sugeriría algún repertorio en particular?

Sí, lo que he comentado en la pregunta anterior, los solos o pasajes más relevantes del repertorio del instrumento, tanto de banda como de orquesta.

· ¿Alguna pieza obligatoria? Si es así, ¿qué es?

Nada en particular. Cuanta más música se lea y se escuche, y más música se conozca y se prepare, mejor.

· Sí tuviera que elegir (en una situación hipotética de dar clases), ¿Tendría preferencia entre un alumno de tuba y uno de bombardino?

No es cuestión de preferencias, si no de sentido común. Como he comentado anteriormente, considero el bombardino y la tuba instrumentos distintos, parecidos en muchos aspectos pero diferentes al fin. Yo no sería un profesor de bombardino completo, habría aspectos que no dominaría, al menos hasta no contar con una buena experiencia y haber realizado algún tipo de adaptación. Elegiría antes a un alumno de tuba.

· En su opinión ¿Qué formato debería tener el examen de FIN DE CARRERA de un estudiante de nuestros instrumentos? Concierto en solitario, Recital con piano, ...?

Todo. Obras en solitario, de estilos y técnicas distintas, y obras con piano. De todas formas se trata de evaluar todas las capacidades del músico, todos los aspectos musicales y si pudiera ser, en todas las situaciones posibles (como integrante de banda de música, orquesta, grupo de cámara…) pero esto sería eterno y extenuante. Creo que en este sentido hay que recurrir a la evaluación continua del curso y disponer así de elementos de juicio complementarios a la hora de evaluar al instrumentista en el examen de fin de carrera.

· ¿Hay alguna obra que considere obligatoria? ¿Cuál sería?

Ninguna en particular. Como he comentado antes, cuanta más música se lea y se escuche, y más música se conozca y se prepare, mucho mejor. 

Grupo "TubAdicción". Madrid años 90


HABLANDO DE CUESTIONES TÉCNICAS:

· ¿Podría darnos su opinión sobre los diferentes conceptos de sonido y qué características lo definen, la articulación, los tipos de instrumentos, la literatura, si se considera importante la influencia del lenguaje y la tradición musical en el sonido y la forma de tocar?

En determinados países o culturas existe una tradición musical y con ella una particular forma de tocar e inclinación a unos determinados tipos de instrumentos más que a otros. No obstante, con la globalización y la gran facilidad para movernos por prácticamente todo el mundo y tener acceso a diferentes escuelas y estilos, vamos cada vez más hacia una estandarización de las escuelas y los métodos y, por lo tanto, del sonido, de sus características y de la forma de tocar. Sin embargo pienso que siempre quedarán resquicios de esas tradiciones precisamente por eso, por ser tradiciones y parte cultural de cada región y coexistirá con la estandarización.

· Háblenos un poco sobre sus experiencias y gustos de un fabricante de Tubas en particular y por qué?

En todos estos años como tubista he probado diferentes marcas y modelos de tubas con sensaciones diferentes. Pienso que la fabricación de tubas (y supongo que la de los demás instrumentos musicales) afortunadamente está cada vez más perfeccionada y se consiguen resultados cada vez mejores. Además hay una gran variedad de marcas, formatos, tamaños, materiales, tonalidades y características en general para poder elegir un instrumento que se adapte a las necesidades, al gusto o al estilo de cualquiera. Cuando ya se tiene claro el tamaño, la tonalidad, tipo y número de válvulas etc, lo primero a tener en cuenta es su sonoridad en todo su registro, afinación, facilidad para tocar... lo normal, pero no es menos importante para estar a gusto con ella, aspectos como la forma o el diseño de construcción porque dependiendo de esto tendremos que adoptar una postura u otra. He probado alguna tuba que por diseño me obligaba a adoptar una postura forzada e incómoda y diría que hasta perjudicial. No es lo normal pero no está de más tenerlo en cuenta. También he probado modelos que a priori eran de un buen nivel y he advertido algún defecto de sonoridad o afinación en alguna nota. Tampoco es lo habitual. Lo normal es que la gran mayoría de marcas y modelos ofrezcan unos resultados más que satisfactorios en todos los aspectos.

Nombrar todas las tubas que he probado sería un poco largo y seguro que me olvidaría de alguna pero nombraré las que he tocado durante más tiempo y he conocido mejor: Rott (popular y económica tuba de acceso al instrumento en la mayoría de los casos), Alexander, Miraphone, Melton y Yamaha. Todas buenas tubas y con resultados totalmente satisfactorios. Por destacar una marca: Melton, no por ser la mejor, si no por haber tocado más tiempo con ella y haberme adaptado mejor.


PARA CONCLUIR:

· En su experiencia, ¿Cree que la diversidad de intérpretes, instrumentos y la oportunidad de capacitarse en varias escuelas especializadas se está homogeneizando en los centros interpretativos que ya están establecidos? (Ejemplo: ruso, estadounidense, germano, inglés y francés).

Sí, poco a poco todo se estandariza por la facilidad de acceso a diferentes centros de enseñanza y a centros interpretativos, además del efecto de Internet, pero pienso también que los diferentes estilos y “formas de tocar” seguirán durante mucho tiempo por tradición. Es cuestión de gustos.

· Sino es repetitivo, ¿Cómo ve esta influencia de escuelas en España?

No creo que sea negativo, al revés, abre diferentes posibilidades “de elección”. Como he dicho, cuestión de gustos.

Juan José, es un placer y un honor poder contar con su experiencia y sapiencia en mi trabajo además de tu sincera amistad.

Muchas gracias y mis mejores deseos para usted y los suyos.

Un abrazo fuerte.

Gracias a ti, Harold, por tu interés y por esta labor que estás haciendo. Si he aportado un granito de arena en el enorme mundo de la tuba y el bombardino, me doy por satisfecho. Un fuerte abrazo.